O SEDENTARISMO DA EPIDEMIOLOGIA

Authors

  • Alexandre Palma Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Murilo Mariano Vilaça Universidade Federal do Rio de Janeiro

Abstract

Os objetivos do presente ensaio foram: a) apresentar as incongruências entre os valores das distintas medidas de sedentarismo; b) debater a noção de fenômenos “não transmissíveis”, especialmente, no que se refere à adesão à prática regular de exercícios físicos; e c) analisar, tendo como base uma discussão da ideia de normalização biopolítica, os possíveis desdobramentos para a constituição dos sujeitos oriundos da adoção do conceito simplista de sedentarismo. A partir desses pontos, verificou-se que as medidas de sedentarismo não se apresentam como provas “sólidas” e “irrefutáveis” e, por isso, merecem ser questionadas. Além disso, o discurso produzido parece ser parte importante de um processo de normatização dos indivíduos. Pode-se concluir, dessa forma, que os estudos epidemiológicos se pautam em medidas duvidosas e carregam, em seus achados, um caráter moralizador.

Author Biography

Alexandre Palma, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Possui graduação em Educação Física pela Universidade Gama Filho (1986), mestrado em Educação Física pela Universidade Gama Filho (1995), doutorado em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (2002) e estágio de pós-doutorado no Instituto de Psiquiatria (IPUB) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005). Atualmente, é professor adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde leciona na Escola de Educação Física e Desportos. Atua, ainda, como parecerista da Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Revista Movimento e Arquivos em Movimento (UFRJ). Tem experiência acadêmica no campo da Educação Física nas seguintes áreas: treinamento desportivo, atividade física e promoção da saúde e futebol.

Published

2010-03-02

Issue

Section

Artigos Originais