A natureza pode ser compreendida e significada de diversas formas. Por um lado, “a natureza” pode ser entendida como o substrato material necessário para a sobrevivência humana e, por outro, constitui-se de teias de símbolos que podem ser utilizados para legitimar identidades e visões de mundo particulares. Este trabalho examina esses diversos sentidos atribuídos à natureza, destacando conceitos de natureza como lugar. Globalmente vem ocorrendo uma evolução de atividades de aventura na natureza. Uma vez, a reserva de pequenos grupos de entusiastas de sexo masculino, hoje, esse movimento em direção à natureza pode ser entendido como expressão de uma “cultura de massas”. O trabalho analisa as formas em que noções de gênero podem ser transgredidas, ao “atravessar suas fronteiras” num lugar particular. Além disso, também considera as implicações
da noção norte-americana de “natureza como terapia” promulgada pelo movimento mito-poético masculino. Finalmente, chama a atenção para o predomínio de vozes
masculinas nos discursos acadêmicos que se preocupam com a natureza e as atividades ao ar livre, ou na sociedade norueguesa, a friluftliv.
Biografía del autor/a
Barbara Humberstone
Doutora em filosofia pela Universidade de Southampton
Diretora do Outdoor Learning and Experiential Education da unidade
de pesquisa Buckinghamshire Chilters University College, na Inglaterra
Membro do European Institute for Outdoor
Adventure Education and Experiential Learning
Administradora do UK Institute for Outdoor Learning
E-mail: barbara.humberstone@btinternet.com